Eleito o país mais populoso da América Latina, o Brasil tinha 203,1 milhões de habitantes em 2022, aproximadamente 10 milhões a menos do que o esperado, segundo dados do último censo divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo demográfico realizado no ano passado contabilizou um total de 203.062.512 habitantes.
O número é 10,2 milhões menor que o estimado em 2021, de 213,3 milhões de habitantes, com base nos cálculos do IBGE sobre os residentes dos 5.570 municípios brasileiros.
No entanto, a população de 203,1 milhões registrada no estudo do ano passado reflete um crescimento de 12,3 milhões de pessoas (+6,5%) em relação ao censo anterior, realizado em 2010, informou o IBGE.
O crescimento populacional, porém, está desacelerando. A taxa anual foi de 0,52%, metade da registrada em 2010 e a menor desde o primeiro censo no Brasil, em 1872, destacou o instituto em nota.
O número é 10,2 milhões menor que o estimado em 2021, de 213,3 milhões de habitantes, com base nos cálculos do IBGE sobre os residentes dos 5.570 municípios brasileiros.
No entanto, a população de 203,1 milhões registrada no estudo do ano passado reflete um crescimento de 12,3 milhões de pessoas (+6,5%) em relação ao censo anterior, realizado em 2010, informou o IBGE.
O crescimento populacional, porém, está desacelerando. A taxa anual foi de 0,52%, metade da registrada em 2010 e a menor desde o primeiro censo no Brasil, em 1872, destacou o instituto em nota.
Bahia
O Censo Demográfico 2022 contou uma população de 14.136.417 habitantes na Bahia, na data de referência de 31 de julho de 2022.
O estado se manteve como o 4º mais populoso do Brasil, posto que ocupa desde o Censo de 1980, atrás de São Paulo (44.420.459 habitantes em 2022), Minas Gerais (20.538.718) e Rio de Janeiro (16.054.524).
Teve, porém, o 3º menor crescimento populacional do país, entre os Censos de 2010 e 2022: 0,9% ou mais 119.511 pessoas em 12 anos. A taxa de crescimento geométrica do estado foi de 0,07% por ano, nesse período. Ela equivaleu a 1/10 da taxa de crescimento médio anual verificada entre os Censos de 2000 e 2010, que havia sido de 0,70%.
Entre 2010 e 2022, a população da Bahia cresceu muito menos do que a do Brasil como um todo, a taxas maiores apenas do que as registradas nos estados de Alagoas (0,2% em 12 anos ou média de 0,02% ao ano) e Rio de Janeiro (0,4% em 12 anos ou 0,03% ao ano).
Segundo o Censo Demográfico, em 31 de julho de 2022, o Brasil tinha 203.062.512 habitantes, 6,5% a mais do que em 2010, o que representou mais 12.306.713 pessoas em 12 anos. A taxa de crescimento geométrica do país foi de 0,52% ao ano.
Estados do Brasil
Os estados com as maiores taxas de crescimento populacional frente ao Censo de 2010 foram Roraima (aumento de 41,3% na população em 12 anos, equivalendo a uma taxa de crescimento geométrica de 2,92% ao ano), Santa Catarina (21,8% em 12 anos ou 1,66% ao ano) e Mato Grosso (20,5% em 12 anos ou uma média anual de 1,57%).
Santa Catarina também teve destaque nacional no aumento absoluto do número de habitantes. São Paulo, estado mais populoso do país, liderou nesse indicador, com mais 3.158.260 moradores entre 2010 e 2022, mas Santa Catarina veio em 2º lugar (mais 1.361.165 pessoas). Goiás ficou com o 3º maior crescimento absoluto (mais 1.051.440 pessoas em 12 anos).
A Bahia, com mais 119.511 pessoas em 12 anos, teve apenas o 22º crescimento absoluto entre os 27 estados – ou o 6º mais baixo.
Nº de domicílios cresce 35,7% na BA entre 2010 e 2022, e estado tem 2ª redução mais intensa na média de moradores por residência (de 3,4 para 2,8)
Além da 4ª maior população recenseada, a Bahia também teve o 4º maior número de domicílios visitados pelo Censo 2022: 6.873.605. Frente a 2010, esse total cresceu 35,7%, o que representou mais 1.809.235 residências em 12 anos.
Embora tenha sido expressivo e acima do verificado nacionalmente, o crescimento percentual do número de domicílios na Bahia foi apenas o 20º dentre os 27 estados.
No Brasil como um todo, foram recenseados, em 2022, 90.688.021 domicílios, 34,2% a mais do que em 2010 (mais 23.118.333 residências). Roraima (+53,7%, chegando a 211.862 domicílios), Amazonas (+44,8%, indo a 1.307.114) e Goiás (+44,8%, chegando a 3.211.145) tiveram os maiores aumentos percentuais, enquanto Rio de Janeiro (+25,3%, indo a 7.714.983 domicílios), Rio Grande do Sul (+25,6%, chegando a 5.327.241) e São Paulo (+32,0%, indo a 19.640.954 domicílios) tiveram os crescimentos mais tímidos.
Dos 6.873.605 domicílios visitados pelos recenseadores na Bahia, 5.086.813 (74,0%) eram particulares permanentes ocupados (onde morava alguém), 1.097.674 (16,0%) estavam vagos (não tinham moradores) e 675.284 (9,8%) eram de uso ocasional (onde as pessoas não moram, mas podem passar algum tempo eventualmente, como casas de praia/veraneio/de campo, sítios etc.).
Todas as espécies de domicílios mostraram crescimento frente ao Censo de 2010: o número de ocupados aumentou 23,9%, o de vagos cresceu 78,1% e o de uso ocasional pouco mais que dobrou, aumentando 102,3%. Mesmo aumentando, os domicílios ocupados perderam participação no total (de 81,1% do total, em 2010, para 74,0% em 2022), enquanto os vagos (de 12,2% para 16,0%) e os de uso ocasional (de 6,6% para 9,8%) ganharam participações.
Com o aumento do número de domicílios ocupados (+23,9%) num ritmo muito superior ao da população (+0,9%), a Bahia viu a média de moradores por residência no estado recuar de 3,4 em 2010 para 2,8 em 2022. Esse movimento foi generalizado: ocorreu para o Brasil como um todo, onde a média de moradores por domicílio caiu de 3,3 para 2,8, e em todos os estados.
A Bahia teve o 2º maior recuo proporcional no número médio de moradores por domicílio, entre os Censos 2010 e 2022 (-18,8%). A queda só foi menor do que a registrada em Sergipe (-19,3%, de 3,5 para 2,8). Já a redução absoluta da média de moradores por domicílio na Bahia (-0,64) foi a 8ª mais intensa. Estados como Maranhão, Pará e Amazonas, que estavam entre as maiores médias em 2010, também foram os que mostraram as maiores reduções absolutas.
Assim, a Bahia, que tinha a 11ª maior média de moradores por domicílio do país no Censos de 1991 (4,7) e de 2000 (4,1), caiu para a 15ª em 2010 (3,4) e para 19ª em 2022 (2,8).
Dentre os estados, Bahia teve a 6ª menor taxa de não resposta ao Censo 2022 (2,28%), com recusa de 1,00%
Na Bahia, dentre os 5.086.813 domicílios particulares ocupados (onde morava alguém) visitados pelos recenseadores, ao longo dos dez meses de coleta (agosto/22 a maio/23), não foi possível aplicar o questionário do Censo em 116.045, o que equivaleu a uma taxa de não resposta de 2,28%. Nessas residências, nenhum/a morador/a foi encontrado/a após inúmeras tentativas ou houve recusa em responder.
O percentual de não resposta no estado foi menor do que o verificado nacionalmente (4,24%) e o 6o mais baixo. Paraíba (1,61%), Roraima (1,76%) e Piauí (2,08%) tiveram as menores taxas de não resposta, enquanto São Paulo (8,12%), Rio de Janeiro (4,51%) e Mato Grosso (4,33%) tiveram as maiores.
Dentre os 116.045 domicílios baianos onde não foi possível realizar o Censo 2022, houve recusa dos moradores em responder em 51.071, o que correspondeu a 1,0% de todos os domicílios particulares ocupados do estado.
Embora tenha fica abaixo da registrada no Brasil como um todo (1,38%), a taxa de recusa baiana foi a 14ª entre os 27 estados. Acre (0,55%), Paraíba (0,57%) e Roraima (0,71%) tiveram as menores taxas de recusa, enquanto São Paulo (2,34%), Rio de Janeiro (1,81%) e Distrito Federal (1,71%) tiveram as maiores.
Assim como já tinha feito na Contagem de População de 2007 e no Censo de 2010, o IBGE realizou uma imputação da população residente nos domicílios ocupados que não responderam ao Censo 2022. Ou seja, com base no perfil de domicílios semelhantes e que tiveram os dados coletados, foram replicadas as informações sobre número de moradores e demais variáveis do questionário do universo, para as residências sem resposta.
Na Bahia, a imputação respondeu pela inclusão de 293.693 pessoas na população total.
Salvador é capital com maior perda de população (-9,6%) entre 2010 e 2022, e cai de 3ª para 5ª maior cidade do país, com 2.418.005 habitantes
Salvador tinha, em 31 de julho de 2022, 2.418.005 habitantes, segundo o Censo Demográfico. Com uma redução de 9,6% na sua população frente a 2010, o que representou menos 257.651 moradores em 12 anos, a capital baiana passou a ser o 5o município mais populoso do Brasil.
No Censo 2010, Salvador havia sido o 3o município mais populoso do país, mas, ao longo da década seguinte, perdeu posições para Brasília/DF (2.817.068 habitantes em 2022) e Fortaleza/CE (2.428.678).
A queda percentual na população de Salvador entre 2010 e 2022 (-9,6%) foi a maior entre as 27 capitais e a segunda mais intensa entre todos os municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, abaixo apenas da registrada em São Gonçalo/RJ (-10,3%). A capital baiana teve ainda a maior redução absoluta de população dentre todos os municípios brasileiros (menos 257.651 pessoas).
A população soteropolitana em 2022 também era menor (-1,0% ou menos 25.102 pessoas) do que a verificada 22 anos antes, no Censo 2000, quando 2.443.107 habitantes tinham sido contados no município.
A taxa média geométrica anual de crescimento populacional de Salvador, entre os Censos de 2010 e 2022 ficou em -0,84%.
Dos 20 municípios mais populosos do Brasil, em 2022, 17 eram capitais, lideradas por São Paulo/SP (11.451.245 pessoas), Rio de Janeiro/RJ (6.211.423 pessoas) e Brasília/DF (2.817.068 pessoas). As únicas cidades que não eram capitais nesse ranking eram Guarulhos/SP (13ª posição, com 1.291.784 pessoas, +5,7% frente a 2010), Campinas/SP (14ª, com 1.138.309, +5,4%) e São Gonçalo/RJ (18a, com 896.744, -10,3%).
O quadro abaixo mostra os 20 municípios mais populosos do Brasil, segundo o Censo 2022.
Apesar de ter a 5ª maior população do país, o município de Salvador se manteve, em 2022, com o 3º maior número de domicílios recenseados: 1.212.328, num crescimento de 25,9% frente a 2010 – o que representou mais 249.617 residências em 12 anos. Apenas São Paulo/SP (4.996.495 domicílios) e Rio de Janeiro/RJ (2.920.302) tinham mais domicílios do que a capital baiana.
Dos 1.212.328 domicílios recenseados em Salvador, 958.680 eram particulares ocupados (79,1% do total, 5º menor percentual entre as capitais), 198.924 estavam vagos (16,4%, 2o maior percentual dentre as capitais) e 53.200 eram de uso ocasional (4,4% do total).
Assim como ocorreu na Bahia como um todo, o crescimento do número de domicílios ocupados associado à redução numérica da população fez a média de moradores por residência na capital baiana chegar a 2,5 em 2022, frente a 3,1 em 2010. A queda percentual em Salvador foi a mais intensa (-19,0%) e a média soteropolitana de moradores por domicílio em 2022 foi a 3ª mais baixa entre as capitais – acima apenas das verificadas em Porto Alegre/RS (2,37) e Florianópolis/SC (2,43).
Em Salvador, 3,26% dos domicílios particulares ocupados não responderam ao Censo, representando um total de 31.246 residências. Foi a 7ª menor taxa de não resposta entre as capitais brasileiras. São Paulo/SP (13,44%), Fortaleza/CE (7,10%) e Rio de Janeiro/RJ (56,02%) tiveram as maiores taxas; Rio Branco/AC (1,56%), Boa Vista/RR (2,20%) e Curitiba/PR (2,73%) tiveram as menores.
Fonte: AFP e Acorda Cidade